quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Encarcerados a ... nós próprios!

Diariamente, um turbilhão de sentimentos nos assalta o corpo. Somos seres humanos, com misturas, somos feitos a partir de ‘pedaços’ dos outros, no entanto, vivemos segundo os nossos pensamentos, ou talvez, devêssemos viver.
Quer queiramos, quer não, vivemos subordinados por uma porção de carne, um órgão, o coração! Quem poderia dizer que um fragmento do nosso corpo, estava por detrás da razão da nossa existência e que, a qualquer momento, nos poderá tirar a vida?
Somos tão altivos, tão grandes, tão superiores, que não percebemos que somos nós que nos destruímos a nós mesmos, possuímos dentro da nossa essência uma bomba atómica, repleta dos mais profundos sentimentos e das mais amarguradas mágoas, que a qualquer instante poderá fazer ‘boom’, e acabar com tudo o que construímos e o que deixámos por construir. Desaparecemos nesse ápice!
Mas apesar de o nosso coração bombear sangue, às vezes, impõe-se questão que podermos estar mortos, metaforicamente, no nosso interior, sem sentimentos, ressentidos, vazios. É infeliz, contudo podemos alcançar esse nível de inutilidade interna.
Vagueamos, moribundos num mar de melancolia e solidão. Proclama-se então a necessidade de conhecermos a palavra ‘valor’ e de lhe darmos uso!
Será que nos damos valor a nós próprios? Será que, por uma vez na vida, reconhecemos as nossas qualidades e colocamos de parte os defeitos? E as pessoas que nos rodeiam, será que evidenciamos o valor que elas nutrem e o demonstramos?
Somos como que pequenas ‘flores’ neste ‘jardim’ a que chamamos sociedade, flores que podem ser colhidas por qualquer pessoa, maltratadas, espezinhadas, largadas no chão e murcharem, mas que também podem ser protegidas, estimadas e acarinhadas por mãos que saibam dar valor e que vêm a beleza, pureza e a importância de uma simples flor.
Gosto de me ver como uma “flor” que é o resultado de tudo o que já passou por mim, o que sofri, as vezes que murchei e que voltei a nascer, e as ocasiões em que me deixavam espezinhada no chão até alguém me pegar, essa flor que alguém cuidava e que não deixava desprezada num canto, essa flor que era utilizada para transmitir valor num simples acto de oferta. A muitas pessoas falta valor, não parecem ter qualidade alguma nem utilidade, não se lhes vê alguma mais valia, mérito ou préstimo, no entanto, acredito que essas pessoas servem para darmos valor a outras. Servem como exemplos que nos ajudam a destacarmos dos outros, que nos ajudam a encontrar o nosso caminho em direcção ao carácter e valor!
Assistimos ao rebaixamento que certas pessoas provocam nas outras, a ambição de atingirem os seus fins sem darem consideração ao efeito negativo que isso possa originar, são fúteis, invejosas e sem escrúpulos, são pessoas que têm que aprender a melhorarem-se a si mesmas e também pelos outros.
Apesar do nosso valor estar na importância que temos para as pessoas que nos rodeiam, está também e principalmente na nossa própria valorização, no nosso mérito, nas nossas virtudes, na capacidade de tentarmos e querermos ser melhores.
Devemos seguir o lema: Somos melhores quando nos superamos a nós próprios, não quando superamos os outros.”
Muitas vezes não valorizamos as pessoas que nos rodeiam, que nos apoiam, que estão lá para nós quando precisamos, porque essas pessoas tomamos como garantidas. Nada é garantido, tudo é efémero, passageiro. De um dia para o outro podemos perder alguém predilecto, sem termos oportunidade de lhe dizer e mostrar o quão importantes eram e quanto valiam para nós. Quando perdemos um amigo e não temos como lhe dizer o quanto gostávamos dele, é aí que o mundo desaba, quando estamos tempo demais a pensar em nós próprios e não nos resta nenhum para nos dedicarmos aos outros, apenas com pequenos actos.
Sortudos aqueles que fazem por isso e o conseguem antes que seja tarde demais!
Não pensem naquilo que já perderam durante a vida, isso não voltará, pensem sim naquilo que podem estar a perder e podem vir a perder por não valorizarem quem está à vossa volta, e assim aprendem o que é realmente dar valor e não apenas recebê-lo.
Sejam autónomos e distingam-se dessas máquinas monótonas que a sociedade transformou, compreendam que a essência da nossa existência baseia-se em viver, com pés e cabeça, e não apenas seguirmos os outros, sem pensar por nós próprios!
Sejam autênticos e preocupem-se!

Direitos de autor,
Vanessa Botelho
Fotografia tirada e editada pela autora (Direitos Reservados) 



domingo, 30 de janeiro de 2011

Desconhecida no teu íntimo...

Estava deitada, a ouvir música, enfim, a rotina habitual. Oiço o toque do msn, eras tu a iniciar sessão, deu-me um calafrio, permaneci imóvel e tudo me veio à cabeça: todos os beijos, todos os toques, todos os gestos carinhosos, todas as brincadeiras, todas as conversas parvas, todos os piropos fofinhos, todos os momentos imperfeitamente perfeitos, todas as acções ‘proibidas’ que fazíamos, tudo…
E assim fiquei, a olhar para um ecrã de um portátil, com medo que me dissesses algo, mas não disseste…
Suspirei de alívio, mas uma dor avassaladora preencheu-me o peito, afinal estava atenuada porém estava impaciente para que me dissesses um ‘olá’, queria significar algo para ti, queria pensar que perdeste o teu tempo a falar comigo. Estava a ser assolada de sentimentos contraditórios, por um lado alívio, por outro mágoa. A minha cabeça queria fazer o correcto, mas o meu coração desejava sempre mais e mais, levava-me a marchar por caminhos espinhosos, mas que me faziam feliz.
Foi triste aquele dia em que te vi, cruzámos olhares e fingimos que nem nos conhecíamos, foi decadente e repugnante, ao ponto que chegámos…
E pensar que foste o mais importante para mim, que foi por ti que me apaixonei verdadeiramente como nunca amei ninguém, que foi contigo que aprendi realmente o que era beijar com sentimento… A nossa noite, noite aquela em que te olhei nos olhos e senti que gostavas de mim e que te preocupavas, era tudo tão perfeito enquanto te tinha nos meus braços. Será que o amor me cegou e não deixou ver aquilo que realmente eras? Talvez fosse isso, destroçaste-me por dentro, senti-me inútil, usada, coleccionada… todavia não me arrependo de nada, fizeste-me crescer, aprender e seguir em frente. Deste-me os melhores momentos, momentos que talvez poucos consigam superar, fizeste-me verdadeiramente feliz e estou-te grata por isso!
Não te ponho a culpa toda em cima, ambos tivemos culpa, devíamos ter pensado antes de agir, eu devia ter usado a cabeça e tu devias ter dado ouvidos ao coração. Faltava-nos raciocínio e compreensão.
Odeio-me, em instantes, por não te ter expressado o quanto te amava, o quanto te queria junto de mim para sempre, o quanto te desejava pelos teus defeitos e qualidades, enfim… fui cobarde e assumo-o!
Há dias em que desejo chamar-te nomes, cuspir-te na cara, atirar-te com tudo o que me fizeste e espetar-te, metaforicamente, um punhal no coração, mas não o faço, porque percebi que faz parte do vosso instinto natural atraiçoar as mulheres.
Sei que agora estás a passar pelo mesmo que eu, amor não correspondido, só espero que percebas o que passei, o que chorei, quanta angústia passou pelo meu corpo.
Quero que sejas feliz, que tenhas o que mereces, que abras os olhos para a vida, que ames muito, que sejas correspondido, que tenhas sucesso, porque apesar de te culpar também reconheço que te devo muito do que sou hoje!
Eternamente em mim,
D'

Conheci-te num 'ontem' de há um tempo atrás ♥

CATARINA, a minha princesa, a minha boneca, a minha pequenina ♥

A vida traz maravilhas como caixinhas de surpresa e ás vezes o que queremos está do nosso lado, porém passa despercebido.                                                                 
 Estamos distantes e ao mesmo tempo tão perto, a amizade que nos une pode vencer todas as distâncias. Ela sim é mais forte que o tempo. Ela sim pode atravessar a imensidão do espaço e transcender os limites da vida. Ela sim pode atravessar a imensidão do espaço e transcender os limites da vida. Como ela é forte, a amizade, nada nem ninguém a destruirá. Que perdure enquanto as nossas almas existirem... Que nem a distância, nem o tempo e nem mesmo os nossos erros, terminem a nossa amizade. Nada é mais valioso do que ela.
Como é bom saber que mesmo através da distância do tempo podemo-nos considerar pessoas sortudas e felizes já que reencontramos numa sucessão de dias, horas e momentos, amigas inesquecíveis assim como tu e possamos afirmar com plena certeza de que guardaremos na nossa lembrança todo e qualquer acontecimento vivido.
Alguns amigos na nossa vida passam mesmo sendo insubstituíveis, mas esses amigos nunca nos deixam completamente sós, porque acabam deixando um pouco deles e levam um pouquinho de nós, e isso mostra que nada na vida é por acaso e que temos sempre pessoas preciosas ao nosso redor durante a nossa existência.Pode ser que um dia deixemos de nos falar... Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe... Mas, se a amizade permanecer,
Uma da outra se há-de lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos... Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos... Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, uma para a outra.
Pode ser que um dia tudo acabe... Mas, com a amizade construiremos tudo novamente, Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento, Que juntas viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a nossa vida:
-Uma é acreditar que não existe milagres.
-A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre, e eu acredito que tu foste um milagre.                                                                                                                                    
Às vezes encontro-me preocupada, ansiosa, em volta há situações complicadas, sentindo-me como que perdida, mas somente o facto de conversar contigo, desabafar o que me está no íntimo, já me sinto melhor, mesmo que as coisas permaneçam inalteradas.
Quantas vezes foste tu que me fizeste sorrir quando tinha vontade de chorar, mas a tua simples presença traz de volta o sol a brilhar na minha vida.
A simplicidade das brincadeiras infantis, da conversa informal,
momentos de descontração que muitas vezes pode ser numa conversa rápida ao telefone, no vai e vem do dia ou da noite, enfim, em qualquer lugar a qualquer hora.
Entretanto, não existe só alegria, amor, felicidade nesta relação de amizade que como em qualquer outro relacionamento,
passa por crises passageiras, por momentos tempestosos, abalos ocasionais.
Podemos comparar esse elo de amizade ao tempo que passa por alterações climáticas constantemente, mas é dessa forma que aprendemos a conhecer-nos, compartilhar momentos, que se desenvolve uma amizade.
Diante de ti eu mesma, deixo vir à tona os meus pensamentos a respeito das coisas, da vida, mostro-me verdadeiramente como sou.
Ensinaste-me muito, Fizeste-me ver situações que às vezes não percebemos o seu real sentido,
compartilhaste a tua experiência comigo, Falaste-me usando da verdade que precisamos de encontrar.
És tu que me chamas a razão, chamando a minha atenção quando agi de modo contraditório, que me dizes coisas que não quero ouvir, aceitar, compreender.
O importante da amizade não é conhecer-te, e sim saber o que há dentro e ti.
 Graças a ti, aperfeiçoei-me e enriqueci-me, não pelo que me dás, mas pelo quanto descobri mim mesma.
Ser melhor amiga não é coisa de um dia. São gestos, palavras,
sentimentos que se solidificam no tempo e não se apagam jamais.
Tu revelas, desvendas, confortas. És uma porta sempre aberta em qualquer situação.
És a minha melhor amiga na hora certa, és sol ao meio do dia, estrela na escuridão.Por mais que o tempo passe e que as dificuldades possam surgir, eu sempre estarei firme e forte, porque sei que posso contar contigo, a minha melhor amiga que certamente foi um presente na minha vida.
Sei que a nossa amizade é verdadeira, e para todas as amizades verdadeiras o tempo nunca passa, as distâncias nunca existem.Eu não posso acabar com todos os teus problemas, dúvidas ou medos, mas eu posso ouvir-te e juntas podemos procurar soluções. Eu não posso impedir-te de levar tombos, mas posso oferecer-te a minha mão para tu agarrares e levantares-te.
As tuas alegrias, triunfos, sucessos e felicidades não me pertencem, mas os teus risos e sorrisos fazem parte dos meus maiores bens. Não é da minha conta as decisões que tu tomas, mas eu posso apoiar, encorajar e ajudar se me pedires. Eu não posso traçar ou impor-te limites, mas posso apontar-te caminhos
alternativos, procurar contigo medidas de crescimento, formas de te encontrares,
meios de seres tu mesma sem medo da rejeição. Eu não posso salvar o teu coração de ser partido pela dor, pela mágoa, perda ou tristeza, mas posso chorar contigo e ajudar-te a juntar os pedaços. Eu não posso dizer quem tu és ou como deverias ser: eu só posso amar-te e ser a tua melhor amiga!
É quando tentamos abrir os olhos do amigo,
Quando julgamos que está a fazer alguma coisa errada, não o abandonamos.
Enfim, amizade é um bem muito precioso que precisamos conservar sempre, mesmo com todas as dificuldades que ela possa oferecer.
Sem ti, o meu coração ficaria com um pedaço a menos, mas o mais importante, o pedaço que me dá vida, que me faz acordar todos os dias e perceber que contigo do meu lado, quero viver para sempre.
Não te posso prometer um ‘para sempre’, tu sabes que não podemos adivinhar o futuro, mas prometo-te que enquanto durar será lindo, fantástico, espectacular e único.
Sei que esteve no fim, foram tempos difíceis, tempos de 'merda', de dúvida e de falta de conhecimento, mas aqui estamos nós, mais unidas que nunca. Obrigada por estes anos todos a teu lado, por me fazeres aprender com os erros, pelas nossas discussões que nos fizeram perceber que nós somos um só e que a separação é algo que nem me passa mais pela cabeça.
Quero-te do meu lado, até não poder mais, contigo descobri que por mais adversidades que a vida me ponha no caminho, terei-te sempre, fiel, única e indispensável!



 amo-te melhor amiga ♥

sábado, 29 de janeiro de 2011

Um espelho reflecte a tua imagem!


Do que tu precisas, acima de tudo, é de te não lembrares do que eu te disse. Nunca penses por mim, pensa sempre por ti. Fica certo de que mais valem todos os erros se forem cometidos segundo o que pensaste e decidiste do que todos os acertos, se eles foram meus, não são teus. Os meus conselhos devem servir para que tu te oponhas a eles. É possível que depois da oposição, venhas a pensar o mesmo que eu, mas nessa altura, já o pensamento te pertence. São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma, a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.
Somos todos muito parecidos no que concerne ao valor que damos a nós próprios, pouco, quase sempre racionalizando segundo a apreciação do outro. Temos a grande virtude, ou defeito de não sabermos quem somos, quero dizer de perdermos as nossas referências mais íntimas, quando o nosso coração nos lembra constantemente alguém. Deixamos simplesmente de procurarmos o que antes procurávamos, as nossas predilecções, coisas, pessoas. Na verdade esquecemo-nos de nós. É certo que o tempo, através dos lancinantes golpes das desilusões, ou da satisfação vinda da realização dos nossos desejos, nos faz retomar ao equilíbrio emocional, então, voltamos a ser outra vez nós, acompanhados ou sós.

Direitos de autor,
Vanessa Botelho

Conheces-te?

Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar as minhas opiniões porque não me envergonho de racionar e aprender.
Aprendi que na vida passam muitos conhecidos, mas que apenas as pessoas certas permanecem! Aprendi que nem todos merecem a nossa confiança e o tempo gasto em vão! Aprendi que até quando estamos mal, conhecemos pessoas espectaculares capazes de fazer a diferença e destacar-se na multidão! Por tudo isto, começo a entender quem sou verdadeiramente e estou a gostar desta aventura pelo meu 'eu' interior. Os meus defeitos tiveram um desempenho fundamental no conhecimento das minhas qualidades! Porque eu tenho que ser como eu quero e não como os outros me pintam, porque não me tenho que rebaixar à opinião falsa dos outros e porque eu sou eu, e quem não gosta que se lixe!
Não importa que todo o mundo esteja contra mim, porque eu caio e levanto-me, e isso significa que tenho em mim forças que jamais imaginaria ter, levei-me a descobrir-me nesse momento.
Tirem as conclusões que entenderem, pois eu já tirei as minhas e sei que a minha missão ainda não acabou e que há muito de mim para dar!


Direitos de autor,
Vanessa Botelho