sábado, 29 de janeiro de 2011

Um espelho reflecte a tua imagem!


Do que tu precisas, acima de tudo, é de te não lembrares do que eu te disse. Nunca penses por mim, pensa sempre por ti. Fica certo de que mais valem todos os erros se forem cometidos segundo o que pensaste e decidiste do que todos os acertos, se eles foram meus, não são teus. Os meus conselhos devem servir para que tu te oponhas a eles. É possível que depois da oposição, venhas a pensar o mesmo que eu, mas nessa altura, já o pensamento te pertence. São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma, a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.
Somos todos muito parecidos no que concerne ao valor que damos a nós próprios, pouco, quase sempre racionalizando segundo a apreciação do outro. Temos a grande virtude, ou defeito de não sabermos quem somos, quero dizer de perdermos as nossas referências mais íntimas, quando o nosso coração nos lembra constantemente alguém. Deixamos simplesmente de procurarmos o que antes procurávamos, as nossas predilecções, coisas, pessoas. Na verdade esquecemo-nos de nós. É certo que o tempo, através dos lancinantes golpes das desilusões, ou da satisfação vinda da realização dos nossos desejos, nos faz retomar ao equilíbrio emocional, então, voltamos a ser outra vez nós, acompanhados ou sós.

Direitos de autor,
Vanessa Botelho

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